O debate abaixo aconteceu no FB. Foi transferido para cá para poder se transformar em um debate permanente e com acumulações.Quem tem acompanhado a implacável repressão ao movimento Ocupe Wall Street deve se perguntar porque tudo isso se o “espectro do comunismo” foi “derrotado” com a queda do muro de Berlim?
Desde a queda do muro, há mais de 20 anos, a mídia capitalista mundial propaga a vitória do capitalismo como sistema perfeito. Todos que fazem criticas ao sistema capitalista ou defendem idéias socialistas são desqualificados, colocados como ultrapassados, fora de moda e tantos outros adjetivos que nada dizem. Debater uma crítica feita por alguém contra o sistema nem é necessário, basta usar a falácia que desqualifica o interlocutor apenas por este ser de “esquerda”, ou marxista ou um “ista” qualquer, sem nenhuma necessidade de entrar no mérito das críticas ou idéias apresentadas.
Se este é o cenário, pergunto: porque tanta repressão ao movimento iniciado em NY, com inspiração na Primavera Árabe e que se diz ser nem de esquerda e nem de direita?
O fato de estarmos vivendo novamente uma crise econômica internacional, focada nos países desenvolvidos, e o fato do movimento Ocupe Wall Street ter se espalhado rapidamente a outras cidades americanas e de outros países explica um pouco, mas se o perigo vermelho não existe mais, qual o problema? Porque a tal democracia americana é simplesmente ignorada (a exemplo do combate ao terrorismo, mas sem este pretexto) e a repressão usada em todos os lugares onde o movimento ganhou expressão nos EUA?
Depois da queda do muro, as críticas ao sistema capitalista quando são “respondidas”, são respostas sem nenhuma profundidade ou apenas dizendo que sempre houve injustiças no mundo e que sempre será assim, está na natureza humana!!!!!!
Ora, o movimento de Wall Street trouxe uma nova questão que não tem resposta dentro do sistema. Ela não diz respeito apenas a justiça social, ela diz respeito `a sobrevivência do ser humano em nosso planeta.
Hoje, todos aceitam o conceito da sustentabilidade como vital para a sobrevivência de nossa espécie. Um conceito que traz em si a necessidade de planejamento econômico, de sabermos o que podemos retirar da natureza em função das necessidades e possibilidades.
Pois é, quando o movimento Ocupe Wall Street lança ao mundo, entre tantas outras, a pergunta: “Como conciliar um sistema baseado no crescimento perpétuo (livre concorrência, estado sem intervir na economia........) com a necessidade de um sistema focado no desenvolvimento sustentável ?” a “vitória” representada pela queda do muro se perde com esta pergunta.
Todos podem divergir quanto ao sistema necessário ao homem, em sua estada permanente em nosso planeta, mas não há mais como fugir da necessidade de substituição do conceito de crescimento perpétuo capitalista para outro que substitua o conceito de crescimento por desenvolvimento humano.
Se com 7 bilhões de habitantes os desafios de preservação estão longe de serem equacionados, o que será de nossos descendentes se nada for feito?
Quem diria que o coração do sistema iria trazer ao mundo este tipo de questionamento? O triste é ver este debate/movimento chegar ao Brasil de forma tão distorcida. Enquanto em NY se questiona o sistema corrupto, aqui a corrupção é ligada `as pessoas, como se estas não fossem fruto do próprio sistema, afinal, é a “ocasião que faz o ladrão”!!!
Desde a queda do muro, há mais de 20 anos, a mídia capitalista mundial propaga a vitória do capitalismo como sistema perfeito. Todos que fazem criticas ao sistema capitalista ou defendem idéias socialistas são desqualificados, colocados como ultrapassados, fora de moda e tantos outros adjetivos que nada dizem. Debater uma crítica feita por alguém contra o sistema nem é necessário, basta usar a falácia que desqualifica o interlocutor apenas por este ser de “esquerda”, ou marxista ou um “ista” qualquer, sem nenhuma necessidade de entrar no mérito das críticas ou idéias apresentadas.
Se este é o cenário, pergunto: porque tanta repressão ao movimento iniciado em NY, com inspiração na Primavera Árabe e que se diz ser nem de esquerda e nem de direita?
O fato de estarmos vivendo novamente uma crise econômica internacional, focada nos países desenvolvidos, e o fato do movimento Ocupe Wall Street ter se espalhado rapidamente a outras cidades americanas e de outros países explica um pouco, mas se o perigo vermelho não existe mais, qual o problema? Porque a tal democracia americana é simplesmente ignorada (a exemplo do combate ao terrorismo, mas sem este pretexto) e a repressão usada em todos os lugares onde o movimento ganhou expressão nos EUA?
Depois da queda do muro, as críticas ao sistema capitalista quando são “respondidas”, são respostas sem nenhuma profundidade ou apenas dizendo que sempre houve injustiças no mundo e que sempre será assim, está na natureza humana!!!!!!
Ora, o movimento de Wall Street trouxe uma nova questão que não tem resposta dentro do sistema. Ela não diz respeito apenas a justiça social, ela diz respeito `a sobrevivência do ser humano em nosso planeta.
Hoje, todos aceitam o conceito da sustentabilidade como vital para a sobrevivência de nossa espécie. Um conceito que traz em si a necessidade de planejamento econômico, de sabermos o que podemos retirar da natureza em função das necessidades e possibilidades.
Pois é, quando o movimento Ocupe Wall Street lança ao mundo, entre tantas outras, a pergunta: “Como conciliar um sistema baseado no crescimento perpétuo (livre concorrência, estado sem intervir na economia........) com a necessidade de um sistema focado no desenvolvimento sustentável ?” a “vitória” representada pela queda do muro se perde com esta pergunta.
Todos podem divergir quanto ao sistema necessário ao homem, em sua estada permanente em nosso planeta, mas não há mais como fugir da necessidade de substituição do conceito de crescimento perpétuo capitalista para outro que substitua o conceito de crescimento por desenvolvimento humano.
Se com 7 bilhões de habitantes os desafios de preservação estão longe de serem equacionados, o que será de nossos descendentes se nada for feito?
Quem diria que o coração do sistema iria trazer ao mundo este tipo de questionamento? O triste é ver este debate/movimento chegar ao Brasil de forma tão distorcida. Enquanto em NY se questiona o sistema corrupto, aqui a corrupção é ligada `as pessoas, como se estas não fossem fruto do próprio sistema, afinal, é a “ocasião que faz o ladrão”!!!